Publicado em 29/03/2012 na categoria diário
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Eu sou um montanhista mediano, por isso fui pro Marumbi. Se fosse inteligente, teria talvez ido pra outro lugar, ou quem sabe nem fosse montanhista. É que hoje em dia a inteligência é supervalorizada. Montanhistas inteligentes podem ser chatos demais, arrogantes demais, presunçosos demais. Muito estrela. Por isso que eu prefiro o montanhista adaptável ao inteligente. Mas epa, não podemos dizer que todos que frequentam o Marumbi sejam medianos. Tenho certeza que há muita gente inteligente por lá.
Mas não interessa a inteligência, importa mesmo que eu ando com a capacidade de, ao visitar lugares naturais e históricos, conseguir me transportar no tempo e enxergar as coisas como se fosse um visitante de décadas e séculos atrás. Exemplo disso aconteceu semana passada. E agora novamente. É como se tivesse finalmente tornado livre a percepção, independente do espaço-tempo. Por sinal, esse assunto de espaço-tempo também é muito valorizado hoje em dia, desde Einstein, pra ser exato.
Ah, eu não estou entendendo onde quero chegar com esse papo. Daqui a pouco vão dizer que eu estou xingando o pessoal do Marumbi, mas isso não é verdade. Ou vão insinuar que eu ando com atitudes suspeitas e preciso ser recolhido na delegacia para averiguação. Ou que agora estou disposto a provar que Einstein nunca esteve certo.
Então concluindo, fui pro Marumbi. Foi bem legal. Tenho algumas fotos, que seguem abaixo. Até o futuro.
Certo vez vc chamou o Pico do Paraná de “puta velha”. E tal como uma, o
Marumbi sempre terá as pernas abertas: seja para uma rapidinha no Rochedinho, seja para uma incursão mais audaciosa pelas tetas e relva
da Boa Vista. Mas, é claro que a velha acha ruim quando alguém traz muito apetrecho (lixo mesmo), e emporcalha a cama, suja o tapete verde…
E, vá lá, só recorre à puta velha quem quer se iniciar ou tá escasso de ideias e se recusa a conquistar outras ou A “garota”. É que pra isso é preciso um pouco daquela inteligência emocional, daquela graça que nos permite olhar para uma montanha e chamá-la de nossa, por carinho e cuidado. Para os escassos, vai sobrar sempre a puta velha. Deixe estar, mein Bruder.
Ah, piá, pelo menos com as putas velhas a gente já sabe o caminho, como fazer pra comer o cume, esssas coisas. Mas valeu… beijos, se cuide!